Policial civil preso seria articulador do esquema. Operação visa cumprir 34 mandados judiciais em três estados e 25 mandados de busca e apreensão. A Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança do Rio e o Ministério Público realizam uma operação, na manhã desta quarta-feira (26), com apoio das polícias civil de Goiás e do Distrito Federal, para desarticular uma quadrilha de estelionatários de veículos que atuava no Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal fraudando seguradoras e locadoras.
Casa em Teresópolis onde um dos suspeitos foi preso
Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
Os trabalhos visam cumprir 34 mandados judiciais, sendo nove mandados de prisão preventiva e 25 mandados de busca e apreensão.
O policial civil Fábio Augusto de Melo Xavier foi preso em casa em São Gonçalo, na Região Metropolitana, e outro homem, Fernando Tadeu, foi preso em Teresópolis, na Região Serrana.
Os trabalhos visam cumprir 34 mandados judiciais, sendo nove mandados de prisão preventiva e 25 mandados de busca e apreensão. De acordo com a polícia, Roney Petrucio Oliveira Nascimento e Paulo Henrique Saraiva Santos estão foragidos.
Durante as investigações, foi descoberto que o núcleo de fraudes da quadrilha recolhia documentos perdidos e utilizava os dados para confecção de documentos fraudulentos. Depois, em uma segunda, os estelionatários, utilizando a documentação falsa confeccionada, adquiriam ou alugavam veículos em locadoras de automóveis em vários estados e transferiam os veículos para integrantes do Núcleo de “Laranjas” da organização criminosa.
Carros e motos apreendidas em operação nesta quarta-feira(26)
Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
Em outra etapa, os “laranjas” contratavam um seguro contra roubo para o veículo e, posteriormente, encaminhavam os dados do veículo para um policial civil integrante da quadrilha, que confeccionava registros de ocorrências fraudulentos com a finalidade de receber o prêmio contratado. Por fim, os veículos eram escondidos durante algum período e depois encaminhados para o chamado núcleo de desmanche.
A Operação Voo Livre, que contou também com o apoio da Corregedoria Interna da Polícia Civil, foi realizada pela Subsecretaria de Inteligência da Seseg, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco-MPRJ) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (Draco).
Policial preso
Ao longo da investigação, a Subsecretaria de Inteligência prendeu o principal articulador do esquema: Natanael Azeredo de Ferreira foi preso durante a deflagração da Operação Amarante, que visava desarticular o tráfico de drogas no bairro do Jardim Catarina, em São Gonçalo.
No momento da prisão, foram apreendidos com Natanael diversos documentos que o situam como principal articulador da quadrilha interestadual de falsificadores e estelionatários.
Na casa de Fernando Tadeu a polícia encontrou carros e motos.
Lourival Rodrigues da Silva Junior, conhecido como “Gaivota”, outro importante integrante da quadrilha preso pela Subsecretaria de Inteligência ao longo da investigação, era foragido da justiça desde 2012 e estelionatário conhecido das forças policiais, já tendo respondido a pelo menos três inquéritos policiais relacionados à ações fraudulentas.
No momento da prisão, ainda em 2015, foram arrecadados dentro de seu veículo documentos falsos, diversos cheques e cartões de créditos em nome de terceiros. Sua principal função dentro da quadrilha era a falsificação de documentos e cartões de crédito. Em comum com Natanael, o fato de ambos se apresentarem para a sociedade como instrutores de Voo Livre.
Polícia faz operação para desarticular quadrilha de estelionatários de veículos
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